Um casal foi preso em Praia Grande, litoral paulista, acusado de homicídio qualificado após a morte de seu bebê, de apenas três meses, por overdose de cocaína. O caso aconteceu em maio de 2024, e a prisão preventiva foi decretada em dezembro do mesmo ano pela 1ª Vara do Júri de Campinas.
Priscila Vancini Lopes, de 35 anos, foi detida no Hospital Irmã Dulce, logo após dar à luz outro filho. Horas depois, Wanderley de Araújo, de 48 anos, foi encontrado durante uma abordagem policial. Ambos foram encaminhados ao CDP (Centro de Detenção Provisória) de Praia Grande.
De acordo com a polícia, o bebê foi encontrado sem vida pela mãe, que relatou ter amamentado a criança e, ao retornar de outra tarefa doméstica, observar que o filho estava gelado e apresentou sangramento nasal. O menino foi levado à UPA (Unidade de Pronto Atendimento), onde o óbito foi confirmado.
Um laudo do IML (Instituto Médico Legal), emitido em agosto de 2024, apontou desnutrição e presença de cocaína no sangue do bebê, fato atribuído ao uso de drogas pela mãe. Em depoimento, Priscila afirmou não usar substância há dois anos e negou ter amamentado o filho com leite materno.
O pai, Wanderley, também negou ser usuário de drogas, mas afirmou que "resquícios poderiam ainda estar no corpo da mãe".
Inicialmente, a mãe foi indiciada por homicídio culposo, mas o Ministério Público solicita a reclassificação do crime para homicídio qualificado, incluindo o pai na denúncia. A Justiça decretou a prisão preventiva do casal, válida até novembro de 2044.
Os acusados permaneceram detidos e aguardam julgamento.