Morto após troca de tiros com policiais no último sábado (16), em São Paulo, o empresário Rogério Saladino, 56 anos, chegou a ser alvo de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) aberta pela Câmara de Taubaté em 2013.
Comissão
A CPI foi aberta após um vereador - Bilili de Angelis (PSDB), que não está mais na Câmara - denunciar que o então deputado estadual Padre Afonso - na época filiado ao PV, e que hoje está no Podemos - pretendia articular a contratação da empresa Biofast para atuar como OS (Organização Social) em Taubaté.
Influência
Na época, após apoiar a eleição do então prefeito Ortiz Junior (PSDB) em 2012, Padre Afonso chegou a indicar a primeira secretária de saúde da gestão tucana, Sandra Tutihashi, e tinha influência sobre a pasta.
Biofast
Já a Biofast, que prestava serviços laboratoriais para a Prefeitura desde 2007, era de proprietário de Rogério Saladino. Segundo a denúncia de Bilili, a empresa seria contratada como OS e ampliaria a atuação no município.
Depoimento
Saladino chegou a prestar depoimento à CPI em setembro de 2013. Na época, assim como os demais citados na denúncia, o empresário negou qualquer articulação que visaria beneficiar a Biofast. A comissão foi encerrada sem confirmar a suspeita inicial.
Morte
No último fim de semana, quando dois policiais do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) investigavam um roubo em uma rua dos Jardins, bairro nobre de São Paulo, Saladino atirou e matou uma investigadora. O outro policial revidou e matou o empresário e um vigilante que trabalhava para Saladino.
Homicídio
Saladino tinha passagem na polícia por homicídio e lesão corporal em decorrência de um atropelamento ocorrido em uma estrada de Natividade da Serra. Ele teria sido preso pelos crimes. Segundo a assessoria da família do empresário, o caso foi “uma fatalidade”. Saladino atropelou uma pessoa e prestou socorro, mas a vítima acabou falecendo.
Crime ambiental
Outro antecedente criminal foi um caso de crime ambiental, também em Natividade da Serra. A assessoria do empresário informou tratar-se de “retirada de cascalho pela Prefeitura Municipal de Natividade da Serra em terras de propriedade da família de Rogério. Existe um termo de compromisso ambiental cumprido”.
Fonte: O Vale