Uma operação em conjunto da Polícia Militar e da Polícia Civil apreendeu armas e diversas porções de drogas na manhã desta quarta-feira (18) no município de Cruzeiro.
Ao todo, estiveram presentes na ação policiais da Força Tática, do Canil do 3º Baep (Batalhão de Ações Especiais da Polícia), um Helicóptero Águia, além de representantes da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) e da Dise (Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes.
Segundo a corporação, a operação foi realizada com o intuito de “preservar a vida e combater crimes de letalidade violenta, em especial os homicídios”, em Cruzeiro. O município é, desde o início do ano, o líder em estatísticas de crimes violentos em toda a região do Vale do Paraíba – que também lidera o ranking no estado.
Nas ações de busca e apreensão expedidos pela Justiça foram apreendidas, ao todo, duas armas, sendo um revólver calibre 38 e um simulacro de pistola; seis munições, 854 embalagens com cocaína, além de outros dois pinos com a mesma substância; uma porção de maconha, quatro aparelhos celulares, dois rádios comunicadores, uma balança de precisão, um soco inglês, R$ 1.601 em espécie, um coldre, um porta-munições e um caderno com registros de contabilidade do tráfico.
Quatro suspeitos ainda foram presos na ação. O material apreendido foi levado à Dise de Cruzeiro, enquanto os detidos permaneceram à disposição da Justiça.
VIOLÊNCIA EM CRUZEIRO
Capital da Revolução Constitucionalista de 1932, Cruzeiro vive hoje uma guerra urbana contra a violência. A cidade tem a mais alta taxa de homicídio entre as cidades de São Paulo, com 33,78 vítimas de homicídio por 100 mil habitantes. O índice é quase o dobro da taxa do Rio, que é de 17,02 vítimas.
Classificada entre as cidades mais pacatas do Vale até 2016, Cruzeiro se tornou um problema para a segurança pública nos últimos anos.
Até o começo de agosto deste ano, a cidade já havia registrado 18 homicídios em 2023, sendo o mais recente deles a morte de um homem de 40 anos executado com 10 tiros. Até junho de 2023, o município teve 3,5 vezes mais mortes do que roubos de carros.