A delegada Elen Souto, titular da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDP), que investiga o assassinato de Jeff Machado, disse, nesta quinta-feira, que Bruno Rodrigues ficou no Morro do Vidigal, na Zona Sul do Rio, por pelo menos cinco dias.
No entanto, a EXTRA, o dono hostel onde ele foi preso informou que o produtor de TV deu entrada no estabelecimento com nome falso no dia 24 de maio e pagou adiantado e em dinheiro a estadia de um mês. A prisão do suspeito da morte do ator, Jeff Machado num hostel da comunidade foi feita nesta manhã por policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) local. Ele foi encontrado numa suíte do segundo andar. Estava arrumado e com as malas prontas, indicando a intenção do suspeito em fugir, segundo a polícia.
O comandante da UPP do Vidigal, Capitão André Ponteiro, contou que com a repercussão do crime, o Comando das UPPs determinou que todas as unidades monitorassem uma possível movimentação do suspeito em suas respectivas áreas. Ele disse que, a partir daí, criou uma rede de colabores, com a participação de moradores e comerciantes locais, que se comunicavam com a UPP de diferentes formas, incluindo menagens em grupo de whatsapp. Segundo ele, foi com a ajuda de moradores que nesta manhã conseguiu chegar até o acusado.
Ele disse que Bruno não apresentou resistência, mas demonstrou que tinha intenção de fugir, já que estava arrumado e de mala prontas quando a polícia chegou. O comandante da UPP disse que provavelmente o acusado evitava circular pela comunidade, o que explica ter permanecido vários dias no local sem ser reconhecido. O fato de ele ter mudado a aparência e estar numa localidade com grande movimentação de pessoas estranhas, no caso turistas, pode ter contribuído para que ele passasse despercebido.
Segundo a delegada Elen Souto, Bruno circulou pelos bairros de Ipanema e Leblon, na Zona Sul da capital, e também em Mesquita, na Baixada Fluminense. A delegada contou que a polícia estava monitorando as movimentações de Bruno desde que foi considerado foragido, em 2 de junho.
A partir da coleta de informações de que ele estaria na comunidade, uma operação foi deflagrada nesta quinta-feira com ajuda de agentes da UPP do Vidgal e da 14ª DP do Leblon. Ainda de acordo com as investigações, Bruno estaria tendo ajuda para se manter no local e pagava suas despesas com o dinheiro obtido com a venda de uma casa.
Suspeito recebeu R$ 100 mil por venda de casa
A quantia com a qual Bruno vinha conseguindo se sustentar desde que começou a se esconder da polícia foi entregue a ele por seu ex-namorado, Rodrigo Alvim Enseki. O professor disse à polícia que a negociação do imóvel, localizado em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, ocorreu em maio passado, três meses após a morte de Jeff. A Bruno foram entregues R$ 100 mil.
Bruno e Rodrigo tiveram um relacionamento por 15 anos. À polícia, o professor afirmou que doou o dinheiro para o ex-namorado na intenção de ajudá-lo. Além do imóvel, o casal também fazia aplicações financeiras. Ainda segundo o professor, mesmo estando separados, o valor dos investimentos garantiam a eles uma boa renda.
Fonte: Extra
