O médico radiologista Martinho Gomes de Souza Neto, preso em flagrante na última quarta-feira por importunar sexualmente pacientes de pelo menos duas clínicas em Copacabana, foi mantido preso pela Justiça, nesta sexta-feira, na Audiência de Custódia, com a prisão sendo convertida para preventiva. Pelo menos cinco mulheres já denunciaram o suspeito por violência sexual durante exames na 12ª DP (Copacabana). O médico nega as acusações.
Na decisão, a juíza Rachel Assad da Cunha justifica a manutenção da prisão de Martinho para garantia da ordem pública: "Evidente a necessidade da conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva do custodiado como medida de garantia da ordem pública, sobretudo porque crimes como esse comprometem a segurança e a intimidade de mulheres que realizam exames diariamente na cidade Rio de Janeiro, especialmente porque o custodiado atua em diversas clínicas. Assim, impõe-se uma atuação do Poder Judiciário, ainda que de natureza cautelar, com vistas ao restabelecimento da paz social concretamente violada pela conduta do custodiado", escreveu a magistrada.
A juíza ainda destacou o risco de que a vítima do crime que levou o radiologista à prisão seja intimidada pelo médico: "Convém destacar, ademais, que a vítima ainda não prestou depoimento, de forma que a liberdade do acusado poderá comprometer a instrução criminal por ameaça".
Fonte: Extra