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‘Lázaro do Vale’ confessa assassinato e diz ter premeditado o crime

Publicada em 28/02/23 às 10:21h

Redação


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‘Lázaro do Vale’ confessa assassinato e diz ter premeditado o crime
 (Foto: internet)
Edcarlos Oliveira Rocha, de 50 anos, que confessou ter assassinado um fazendeiro de 75 anos e ter estuprado a filha dele de apenas 11 em Lagoinha, afirmou à polícia que o crime brutal foi premeditado. Conhecido como 'Lázaro do Vale', Rocha havia trabalhado como caseiro da fazenda e disse aos policiais civis que teria a receber 14 meses de salário.

As informações foram dadas na manhã desta segunda-feira (27), em entrevista na sede da Delegacia Seccional de Taubaté, pelo delegado Felipe de Bona, que preside o inquérito da morte do fazendeiro Bento Gordiano de Carvalho Neto, de 75 anos, e do estupro da filha dele, de 11 anos, no dia 17 de fevereiro, e pelo diretor do Deinter-1 (Departamento de Polícia Judiciária do Interior 01), Waldir Antônio Covino Júnior.

Na ocasião, os integrantes da Polícia Civil trouxeram detalhes do depoimento de Rocha, que confessou o crime. O suspeito conheceu o fazendeiro em Santos, quando este trabalhava no Porto, em 2017. Neste mesmo ano, Bento o convidou para se mudar para a fazenda, em Lagoinha, e na oportunidade o indiciado trouxe a família da Baixada Santista para ser caseiro na propriedade do fazendeiro. Os relatos apontam que o homem trabalhou até 2019 para Bento e, recentemente, tentava voltar ao antigo local de trabalho.

Havia, no entanto, uma discussão entre as partes a respeito do pagamento de 14 meses de salários, o que segundo o assassino foi o estopim para os crimes cometidos contra o fazendeiro. A polícia, no entanto, não tem subsídios robustos a respeito de como era a relação trabalhista entre as partes.

O delegado disse que ouviu do criminoso que "ele recebia alimentação, moradia e alguns valores que eram repassados. Até o presente momento, a gente não tem esses elementos de informação. Era um trabalho feito lá, havia algum dinheiro que era pago, não sei valores, porque quem poderia dizer isso é a própria vítima, que está morta e foi a responsável pela contratação dele", frisou o delegado Felipe de Bona.

No dia do crime, o homicida e estuprador contou em depoimento que na parte da tarde ajudou o ex-patrão a descarregar compras e realizou outros afazeres e entre o fim da tarde e começo da noite perguntou a Bento se ele não iria lhe pagar. Neste momento, começou uma discussão entre as partes, na qual "ele golpeia a vítima, desfere golpes de faca e amordaça a vítima no intuito de que ela não gritasse e não pedisse socorro. A vítima segura a faca com as mãos. Há uma lesão na mão dela e ele desfere o golpe fatal no pescoço da vítima", relata o delegado.

Quando questionado se o crime foi premeditado, o delegado ressalta que no próprio depoimento do autor do crime isso é contado com riqueza de detalhes. O indiciado relatou que a falta de pagamento "o deixou irado. Ele admite que agiu por vingança", disse De Bona.

O homem está preso temporariamente por 30 dias. Ele vai responder pelos crimes de homicídio qualificado, cárcere privado e estrupo de vulnerável no inquérito da morte do fazendeiro e do estupro da filha da vítima. Há um segundo inquérito que investiga a tentativa de homicídio contra o filho do fazendeiro no dia da prisão.

OUTRO LADO

O advogado da família, Leonardo Bonafé, foi ouvido pela reportagem a respeito das possíveis dívidas trabalhistas cobradas pelo criminoso e disse ser prematuro afirmar qualquer coisa neste sentido: "é muito cedo e a gente não pode falar muito para não atrapalhar a investigação da polícia". Bonafé confirma, no entanto, que o réu confesso trabalhou por dois ou três anos na fazenda de Bento Gordiano.

Fonte: O Vale




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