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Justiça mantém preso homem por morte de mulher e filhos no Recreio

Publicada em 21/02/23 às 13:21h

Redação


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Justiça mantém preso homem por morte de mulher e filhos no Recreio
 (Foto: internet)

O juiz Rafael de Almeida Rezende manteve, durante audiência de custódia, a prisão temporária de Alexander da Silva pelo triplo homicídio da mulher e dos filhos, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. Na decisão, o magistrado cita que o motorista de aplicativo relatou ter sido espancado por vizinhos, na última sexta-feira, após o crime. Ele está preso na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte da cidade, porta de entrada do sistema prisional do estado.

De acordo com as investigações da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), Andréa Cabral Pinheiro, de 27 anos, e Maria Eduarda Fernandes Affonso da Silva, de 11 anos, foram mortos a tiros, enquanto Matheus Alexander Cabral Pinheiro da Silva, de 11 meses, foi asfixiado. Em depoimento na especializada, ele negou o crime.

Aos policiais, Alexander contou ter vagado durante quase 24 horas entre o momento em que saiu de casa, num condomínio no Recreio, por volta das 8h de quinta-feira, e a hora em que retornou ao prédio e foi preso, às 7h de sexta-feira. Entre os locais por onde passou, Alexander disse ter deixado a família viva quando saiu do apartamento e afirmou que "precisava se distrair”, tendo passado por blocos no Centro do Rio.


Primeiro, ele alegou ter ido a pé até um shopping do Recreio e entrado num carro de aplicativo rumo a Niterói. Pouco depois, porém, desceu na altura de outro shopping, na Barra da Tijuca, porque "o motorista não aceitava Pix". Alexander disse ter ido até a Gardênia Azul e pego um ônibus — de uma linha que ele não se lembra — até perto da Ponte Rio-Niterói. Ali, pegou outro coletivo, da linha 100, até a rodoviária de Niterói.

Apesar do esforço para atravessar a Baía de Guanabara, Alexander afirmou ter voltado para o Rio num ônibus da mesma linha para o Centro do Rio, sem ter feito nada na cidade. No Centro, ficou nos blocos e retornou ao terminal Alvorada, na Barra, segundo contou em depoimento.

Já na Zona Oeste, o suspeito disse ter vagado pelas comunidades da Merck e Cesar Maia e pela Cidade de Deus. Por volta das 2h de sexta-feira — pelo que contou aos agentes da DHC, ele já estava fora de casa perambulando há cerca de 18 horas — parou para se deitar num banco em um posto de gasolina perto de um lava a jato na Avenida Benvindo de Novaes, no Recreio.

Antes de chegar ao posto de gasolina, porém, Alexander disse ter passado no condomínio onde mora, por volta das 23h de quinta-feira. Em lugar de entrar no apartamento após 15 horas fora de casa, ele afirmou no depoimento que "apenas foi passear pela parte comum"; alegou não ter entrado em contato com a família porque Andréa iria para a casa da mãe, em Pilares, na Zona Norte do Rio.

O delegado Wilson Palermo, da DHC, disse que a perícia feita no local do crime constatou que Alexander dopou Andréa e as duas crianças antes de matá-las. O delegado disse ainda que o preso não demonstrou nenhum arrependimento.

Fonte: Extra 




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