Mais de R$ 4 milhões foram apreendidos, somente nesta sexta-feira, 28, durante ações realizadas por policiais federais e rodoviários na Operação Eleições 2022. De acordo com as forças de segurança, a suspeita é de que os valores seriam usados para compra de votos no segundo turno, que ocorre no próximo domingo, 30.
Em Minas Gerais, agentes da Polícia Rodoviária Federal encontraram quase R$ 1 milhão em espécie durante fiscalização na BR 050, em Uberaba. Os policiais suspeitaram de modificações atrás do encosto do banco traseiro de um veículo. O dinheiro estava dentro do estepe, em um compartimento secreto preparado para ocultação de bens. Havia mais de R$ 900 mil e cerca de U$ 40 mil dólares.
Segundo a PRF, o condutor do veículo alegou trabalhar como motorista por aplicativo e disse que a quantia seguia de Uberlândia para Uberaba. Ele não detalhou, porém, sobre a finalidade do dinheiro e sobre quem seriam os responsáveis. A ocorrência foi encaminhada para Polícia Federal, que deve prosseguir a investigação para saber se os valores seriam usados para a prática de crime eleitoral.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública reativou, nesta sexta-feira, o Centro Integrado de Comando e Controle Nacional (CICCN), em Brasília. A iniciativa visa "garantir a segurança e proteção aos cidadãos, eleitores e servidores da Justiça Eleitoral" durante o segundo turno das eleições.
Segundo o ministro Anderson Torres, desde o início da campanha eleitoral, em 15 de agosto, mais de R$ 10 milhões foram apreendidos em dinheiro vivo pela PF e PRF relacionados à suspeita de compra de votos. No primeiro turno, de acordo com a pasta, os crimes que mais chamaram a atenção foram justamente compra de votos e boca de urna.
"Não iremos tolerar esse tipo de crime. As polícias estão prontas para reprimir esses delitos", reforçou o ministro sobre a segurança da votação no próximo domingo, 30. Ele informou ainda que, no dia da votação, estarão nas ruas 500 mil policiais em todo o País. No primeiro turno, foram registrados 456 casos de boca de urna e 95 de compra de votos, segundo o ministro.
Fonte: Terra