Perícia realizada pela Polícia Federal aponta indícios de que o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) premeditou o ataque ao delegado e a policiais que foram até a casa dele no último domingo (23) cumprir uma ordem de prisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes .
De acordo com a PF, a suspeita é de que o ex-parlamentar já tenha preparado uma situação após a divulgação do vídeo em que ele xinga a ministra Cármen Lúcia, do STF, de “bruxa” e a compara a uma “prostituta” após o voto favorável da magistrada em conceder 116 direitos de resposta ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Jovem Pan , depois que o canal divulgou informações falsas sobre o petista. As imagens foram publicadas nas redes sociais de Cristiane Brasil (PTB), filha dele.
O laudo sobre a suspeita deve ficar pronto nos próximos dias. A PF também apura se Jefferson gravou o vídeo de propósito para provocar a sua prisão ou se a premeditação da situação ocorreu somente após a repercussão das imagens.
Na casa do ex-deputado, em Comendador Levy Gasparian, no interior do Rio de Janeiro , os agentes encontraram um tripé de gravação, fita adesiva utilizada nas granadas e marcas de 60 tiros de fuzil. Em depoimento à polícia, Jefferson citou mais de 50 disparos e três granadas.
Na ocasião, de acordo com a PF, dois agentes ficaram feridos na operação "por estilhaços de granada arremessados pelo alvo" . Segundo a corporação, eles foram imediatamente levados ao pronto-socorro e passam bem.
Jefferson estava em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica e precisou voltar ao sistema penitenciário após decisão do ministro do Alexandre de Moraes.
Fonte: IG