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Pensando em Economia: Construindo a Reserva Financeira

Publicada em 24/01/25 às 09:12h

Prof. Drauzio Rezende Jr


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Pensando em Economia: Construindo a Reserva Financeira
 (Foto: Internet)
Um dos assuntos mais questionados quando se trata de Finanças Pessoais é a construção da reserva financeira. Qual deve ser o tamanho dessa reserva? Onde ela deve ser aplicada e mantida? O que a diferencia da construção do patrimônio? É sobre isso que conversaremos hoje.

A reserva financeira, como o próprio nome diz, é uma reserva. E, como tal, deve ser compreendida. É uma parte do patrimônio que deve ter uma função muito clara: atender contingências, urgências e imprevistos. Em outras palavras, ela deve ser uma fonte de proteção para aqueles momentos que pedem desembolsos urgentes e ela visa a proteger o seu proprietário de ser obrigado a tomar empréstimos no cheque especial ou no limite do cartão de crédito, cujos juros, altíssimos, desestabilizam sobremaneira um orçamento familiar. Deve proteger da necessidade de se efetuar um empréstimo pessoal ou mesmo um crédito consignado, cujas condições, a depender do estado da economia ou da pontuação (score) do postulante, podem não ser boas. 

Entendida a função dessa reserva, o tamanho dela é fonte de divergências. Alguns profissionais postulam o equivalente a um mês de salário normal. Outros, três meses.

 Outros, dizem seis meses e há aqueles que propõem até mesmo, um ano. Evidentemente, quanto maior a reserva, maior a tranquilidade. Mas é de conhecimento geral que não se trata de algo simples acumular o equivalente a um ano de salário. Assim, a minha proposição é a construção paulatina e constante dessa reserva, tendo alguns alvos a serem atingidos ao longo do tempo. 

Primeiramente, deve-se construir a reserva equivalente a um mês de salário líquido. Atingido esse objetivo, pode-se mirar o alcance da reserva por dois meses. O mínimo deve ser de três meses, o ideal é de seis meses e o perfeito, um ano de reservas.

 Independentemente do objetivo, deve-se lembrar sempre que o ótimo é inimigo do bom. E a busca do perfeito pode fazer com que a pessoa desista de agir, por considerar impossível alcançar a meta. Comece aos poucos. Daqueles 20% do orçamento para a reserva, distribua metade para a reserva de emergência e metade para a estabilidade futura. Ou, caso queira ser mais assertivo, coloque sempre os 20% do orçamento para a reserva de emergência até que o valor desejado seja atingido. Depois, aplique esse percentual para a construção do patrimônio. 

Como se trata da reserva de emergência, ela deve ser colocada em investimentos que sejam conservadores, isto é, tenham liquidez e de fácil resgate. Por conta disso, esses valores não estarão em investimentos de alto retorno, pois altos retornos significam maiores riscos, inclusive perdas. E reservas não podem sofrer perdas, elas devem proteger o proprietário e estarem aplicadas em investimentos que protejam o capital contra perdas e contra a inflação. Assim, opte por títulos de renda fixa (Tesouro Direto), CDBs/RDBs de bancos sólidos, alguns fundos de renda fixa ou mesmo a caderneta de poupança que permite fácil saque, embora ela possa apresentar remuneração menor que a inflação em alguns momentos. 

É importante lembrar que a reserva de emergência deve estar disponível quando for necessária. Portanto, rejeite aplicações em fundos de renda fixa que solicitem prazo de carência elevado, apresentadas como resgate em D+X tempo, em que D+0 é imediato, D+1, o dia seguinte ao pedido pelo resgate e, sucessivamente até D+30, por exemplo, que significa que o valor estará disponível apenas 30 dias após o pedido. Para o caso de fundos, tome muito cuidado com a taxa de administração, pois 1%, já pode ser muito dependendo do resultado obtido pela administração do fundo e tempos de permanência menores que 30 dias resultam no pagamento de IOF (imposto sobre operações financeiras).

Espero que essas informações possam ajudá-lo e continuamos a nossa conversa na próxima coluna. Até lá!


Prof. Drauzio Rezende Jr - Economista e contador. Presta consultoria para Micro e Pequenas Empresas e atua como professor no Mestrado em Ecodesenvolvimento e Gestão Ambiental e em cursos de graduação da UNITAU - Universidade de Taubaté. 



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