A Secretaria de Segurança Pública informou que mais detalhes sobre a investigação na Fundação Cultural e Educacional de Caraguatatuba(Fundacc) serão preservados para garantir a autonomia do trabalho policial. Suspeita-se que mais de R$ 2,5 milhões em verbas públicas tenham sido supostamente desviados por funcionários da fundação entre 2019 e 2023. Em 2023, a Fundacc teve um orçamento de cerca de R$ 6 milhões.
A Polícia Civil e o Ministério Público pediram a prisão temporária de todos os seis suspeitos investigados na operação “Cultura em Ruinas”, mas a justiça negou. O juiz da cidade, Júlio da Silva Branchini, determinou o afastamento dos seis investigados das funções públicas, impedindo-os de frequentarem os prédios públicos envolvidos na investigação e da necessidade de terem autorização da justiça para se ausentar do município por um período maior que 15 dias.
Operação “Cultura em Ruínas”
Agentes do Ministério Público Estadual e da Polícia Civil realizaram na manhã de terça-feira, dia 23, mandado de buscas e apreensão na sede da Fundação Educacional e Cultural de Caraguatatuba e na casa de seis funcionários e ex-diretores da fundação. A ação denominada “Cultura em Ruínas” apura suposto desvio de verba pública na fundação.
A investigação foi iniciada no ano passado após a polícia civil receber uma denúncia anônima informando suposto desvio de verba da fundação para as contas pessoais de funcionários da fundacc. Extraoficialmente, consta que apenas um dos funcionários, supostamente envolvido, teria desviado mais de R$ 2,5 milhões das contas da fundação entre 2019 e 2023. A fundação teve orçamento de cerca de R$ 6 milhões em 2023.
A operação teve início ainda na madrugada desta terça-feira(23) reunindo mais de 30 pessoas, entre agentes do MP e policiais civis. O promotor Renato Queiróz de Lima, de Caraguatatuba, que participa das investigações desde o ano passado, afirmou que foram apreendidos cheques, dinheiro, computadores, celulares e documentos na sede da fundação e na casa de funcionários e ex-funcionários.