Exemplares de caravela portuguesa (Physalia physalis), uma espécie de água viva, começam a aparecer em praias do litoral paulista. Na quarta, dia 18, caravelas foram avistadas nas praias do Julião, em Ilhabela e na praia Ocian, em Praia Grande. Por enquanto, não há registro de banhistas feridos por caravelas portuguesas.
Tradicionalmente confundidas com águas-vivas, este tipo de caravela oferece grande risco, seja na areia ou na água do mar. O contato com a caravela libera uma toxina que, além de queimaduras, pode causar arritmia cardíaca.
Deve-se evitar qualquer contato com esses animais na areia ou na água, mesmo que estejam mortos. A caravela difere da água-viva, que é transparente, por apresentar um tom azulado e róseo e tentáculos.
Em geral, as caravelas vivem afastadas da costa, navegando pelo oceano, mas se aproximam das praias principalmente levadas pelos ventos. Daí que quando tem vento forte a gente encontra várias encalhadas na areia da praia, ou pior, durante uma entrada no mar. A presença delas é mais comum durante o verão.
Segundo o GBMar(Grupamento de Bombeiros Marítimos) do Litoral Norte, ao deparar com uma caravela portuguesa, o banhista não tocar nela, deve se afastar e, caso seja atingido por ela, deve jogar água do mar ou vinagre no local atingido, nunca jogar água doce.
Caso tenha o banhista tenha contato com uma delas veja como proceder:
- Nunca lave com água doce. Isso ativa ainda mais o veneno.
- Remova, com cuidado, partes dos tentáculos que possam ter ficados presos na pele.
- Para inativar o veneno lave com com soro fisiológico e/ou imersão da lesão em ácido acético a 5% (vinagre) ou álcool isopropílico a 70%, 15 a 30 minutos.
- Se não tiver nada disso, melhor lavar com água do mar.
- Colocar compressas frias por 5 a 10 minutos ajuda a diminuir a dor, mas sem deixar cair água doce no local.
- Se tiver sintomas mais graves, procure ajuda médica.