Após quatro dias de buscas, o Corpo de Bombeiros suspendeu as operações para localizar Wanderson Fernandes Candelária, de 35 anos, desaparecido desde o último domingo (22) na represa de Paraibuna, no interior de São Paulo. No entanto, a família, desesperada por respostas, pede que as autoridades retomem os esforços para encontrá-lo.
De acordo com relatos da família, as buscas realizadas apresentaram limitações significativas. Segundo eles, no primeiro dia, as equipes só iniciaram as operações após as 15h, reduzindo o tempo de trabalho. Além disso, os mergulhadores do Corpo de Bombeiros teriam enfrentado dificuldades para alcançar o fundo da represa, que possui cerca de 60 metros de profundidade em alguns trechos.
Por questões de segurança e condições térmicas da água, os mergulhadores teriam conseguido descer apenas até os 40 metros.
O prefeito de Paraibuna, Victor de Cassio Miranda – Vitão (PSD), também se posicionou sobre o caso. Ele disse que conhecia Wanderson Fernandes e destacou a gravidade da situação. O prefeito, ele entrou em contato diretamente com o Corpo de Bombeiros para solicitar a retomada das buscas ou, pelo menos, um esclarecimento oficial sobre o caso. Segundo o prefeito, “as buscas não se encerraram, os bombeiros pedem que qualquer novidade seja comunicada para que a equipe possa retomar os trabalhos. Eles seguindo o protocolo, foram quatro dias de buscas, mas qualquer informação diferente, as buscas serão retomadas. A nossa represa é imensa, muito turva e a profundidade chega a 100 metros. O monitoramento continua”, garante o prefeito.
O Caso
Wanderson desapareceu enquanto praticava pesca recreativa com amigos na represa. Testemunhas informaram que ele teria tentado atravessar um trecho da água a nado, mas não conseguiu retornar à margem. Desde então, sua família tem enfrentado dias de angústia e incerteza, sem notícias concretas sobre seu paradeiro.
A represa de Paraibuna, conhecida por sua extensão e profundidade, é frequentemente utilizada para atividades recreativas, mas também apresenta riscos devido às condições do local, como correntes submersas e baixa temperatura da água em maior profundidade.
Apelo Público
A família de Wanderson entrou em contato com veículos de imprensa para solicitar apoio na mobilização de autoridades e da sociedade civil. Eles esperam que um apelo público sensibilize o Corpo de Bombeiros a retomar as buscas.
"Pedimos às autoridades que olhem para o nosso sofrimento. Não queremos um milagre, mas sim uma resposta, um fechamento para essa dor. Se os recursos do Corpo de Bombeiros forem limitados, que outras alternativas sejam consideradas", destacou o filho de Wanderson, visivelmente emocionado.
Resposta dos Bombeiros
Em resposta ao apelo da família de Wanderson Fernandes Candelária, o Corpo de Bombeiros esclareceu os motivos para a suspensão temporária das buscas e detalhou os desafios técnicos envolvidos na operação.
De acordo com o Tenente Coronel responsável pela corporação, a dinâmica dos afogamentos e a localização do corpo submerso apresentam dificuldades significativas. "Sempre que há um afogamento, o deslocamento da água pode interferir na localização do corpo.
O Tenente Coronel destacou que, no caso específico de Wanderson, a represa apresenta profundidades superiores a 60 metros em alguns pontos, o que exige equipamentos especializados para buscas submersas a tais profundidades. "O Corpo de Bombeiros não dispõe desse tipo de equipamento, e o mergulho nessas condições ultrapassa o alcance das nossas operações padrão."
Apesar da suspensão temporária, o Corpo de Bombeiros reforçou que todos os procedimentos padrões foram seguidos durante os quatro dias de buscas, e a decisão de interromper as operações foi baseada na baixa probabilidade de localização do corpo.
A corporação também manifestou solidariedade à família e se colocou à disposição para dialogar sobre os próximos passos.
Nota Oficial
“O Corpo de Bombeiros informa que as buscas pela vítima de afogamento na represa de Paraibuna foram suspensas após quatro dias de operações intensivas realizadas conforme os protocolos técnicos estabelecidos para casos dessa natureza.
As operações contaram com mergulhadores especializados que realizaram buscas em profundidade de até 40 metros, utilizando os melhores equipamentos disponíveis e seguiram a Diretriz de Mergulho do Corpo de Bombeiros,