Após decreto de emergência para a dengue, nesta terça-feira (5), devido à alta do número de casos confirmados da doença, o Governo do Estado de São Paulo apresentou o “Plano de Ação à Emergência em Saúde Pública”, que aborda uma sequência de ações diferenciadas e construídas a partir da experiência no enfrentamento das transmissões anuais de dengue.
Entre as medidas, a Secretaria de Estado atualizou a orientação para a Cross (Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde) sobre a prioridade para a transferência de pacientes suspeitos para dengue da rede estadual que necessitem de leitos de alta complexidade.
Ações integradas
A Secretaria de Estado da Saúde, dentro do Plano Estadual de Contingência das Arboviroses Urbanas, lançado em 2023, capacitou ainda todos os agentes de saúde e endemias por meio de cursos e treinamentos on-line para manejo clínico, organização dos serviços e atendimento para arboviroses. Também foram promovidas atividades educativas em escolas, rodovias e pontos de grande circulação como estações de trem e metrô.
Responsáveis pelas ações de campo de combate aos vetores da dengue, os municípios receberam, desde o ano passado, suporte de mais de 600 equipamentos portáteis de fumacê para apoio às prefeituras.
Em 6 de fevereiro, o Governo criou o COE (Centro de Operações de Emergências) e a sala de situação, com a participação de oito secretarias, Cosems (Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo) e Exército. No mesmo mês, antecipou o pagamento de R$ 205 milhões do IGM SUS Paulista aos 645 municípios. E, para ampliar a transparência no acesso aos dados, o Governo lançou duas importantes ferramentas: o Painel de Monitoramento da Dengue (dengue.saude.sp.gov.br) e o portal
www.dengue100duvidas.sp.gov.br.
A SES também investiu, no início do ano, para dar agilidade no resultado dos testes em até 70%, no Instituto Adolfo Lutz (IAL), com automatização dos exames com novos equipamentos.
O decreto de emergência ocorreu por recomendação do COE, uma vez que o Estado atingiu 300 casos confirmados da doença por 100 mil habitantes ontem (4).
De acordo o painel de monitoramento da dengue, atualizada pelo Governo de São Paulo, de janeiro a março deste ano, os Centros de Vigilância Epidemiológica das regiões de Caraguatatuba, São José dos Campos e Taubaté receberam mais de 52 mil notificações da doença. Até o momento, 22 mil positivos e 5 óbitos confirmados.