De maneira quase unânime, trabalhadoras e trabalhadores da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) decidiram aderir à greve de 24 horas na próxima terça-feira (3 de outubro), em resposta aos planos de privatização dos serviços públicos do governo chefiado pelo governador do estado, o bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Eles se juntam aos coletivos de funcionários e funcionárias do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que já tinham aprovado adesão ao movimento.
Os funcionários da Sabesp aprovaram a paralisação com votos de cerca de 98% dos presentes à assembleia para discutir o tema, realizada virtualmente na noite da última terça-feira (26). Segundo a direção do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Sintaema), a reunião contou com número expressivo de trabalhadores de todas as cidades onde a Sabesp opera.
A greve unificada é mais um passo na luta conjunta dos grupos de trabalhadores do transporte público e do saneamento. Aliados a outras entidades, eles organizam um plebiscito popular, que tem o objetivo de ouvir 1 milhão de cidadãos sobre as propostas de privatizações. As urnas do plebiscito passarão por diversas partes do estado de São Paulo até 5 de novembro.
No dia da paralisação, os funcionários da Sabesp realizarão um ato junto à sede da companhia no bairro da Ponte Pequena, região central da capital paulista. A adesão dos funcionários da companhia de saneamento ao movimento grevista foi celebrada pelas outras categorias que já tinham confirmado participação.