O Procon-SP divulgou nota nesta sexta-feira (1º/9) informando que está requerendo informações à 123 Milhas para entender como a empresa vai se organizar para atender os consumidores e quais serão os critérios de tratamento das reclamações registradas em sua plataforma. Isso depois da aceitação do pedido de recuperação judicial, na quinta-feira (31/8), pela juíza Cláudia Helena Batista, da 1ª Vara Empresarial de Belo Horizonte (MG).
Para o órgão paulista, a decisão representa uma mudança importante ao colocar o consumidor como um dos grupos preferenciais a serem ressarcidos, considerando que a empresa atua diretamente no varejo.
“A partir da entrada da 123 Milhas em recuperação judicial, o Procon-SP agora se preocupa em como auxiliar os mais de 5 mil consumidores que registraram suas reclamações e que precisam da melhor orientação sobre como proceder, em função desta nova configuração jurídica”, explica Luiz Orsatti Filho, diretor executivo interino do Procon-SP.
Para Orsatti Filho, trata-se de uma decisão de “extrema relevância”, que pode ditar novos paradigmas, considerando que a 123 Milhas é uma empresa de varejo e se relaciona com um grande número de clientes, amplificando as consequências de suas atitudes. “E com a agravante de, neste caso, ser um grupo que adquiriu os pacotes promocionais mais baratos. Ou seja, potencialmente, consumidores mais vulneráveis.”