Para Furtado, é necessário "apurar os indícios de irregularidades noticiados a despeito do interesse do atual presidente do Banco Central em terceirizar a gestão de ativos do BC, especialmente com relação à administração das reservas internacionais do Brasil".
A atividade de gerir reservas internacionais, no entanto, é "tipicamente estatal", ressalta Furtado, o que impede interferência do setor privado nessa área, com riscos, inclusive, à "soberania" brasileira.
"Diante de todos os riscos, no meu entender, é inadmissível terceirizar a gestão de ativos do BC, especialmente com relação à administração das reservas internacionais do Brasil. A referida possibilidade reclama, pois, a obrigatória e pronta atuação do TCU, de forma a se determinar a detida e minuciosa apuração dos fatos", completou.
O Brasil possui US$ 345,8 bilhões em reservas internacionais. O ministro Benjamin Zymler será o responsável por relatar o caso no TCU. Em comunicado, o Banco Central disse que não vai se manifestar.
Fonte: IG