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Ciclone extratropical causa morte, inundações e destruição no RS

Publicada em 16/06/23 às 13:32h

Redação


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Ciclone extratropical causa morte, inundações e destruição no RS
 (Foto: Internet)

Uma pessoa morreu e quatro estão desaparecidas por consequência dos temporais causados por um ciclone extratropical que atingem o estado desde a madrugada, na manha dessa sexta-feira (16).

Pelo menos 16 municípios gaúchos registraram alagamentos: Porto Alegre, Lindolfo Collor, Ivoti, Santo Antônio da Patrulha, Novo Hamburgo, Caraá, Três Forquilhas, Três Cachoeiras, Morrinhos do Sul, Capão do Canoa, Torres, São Leopoldo, Tramandaí, Maquiné, Caxias do Sul e Sapiranga. Estradas estão bloqueadas, voos foram cancelados e há falta de luz em várias regiões.

Cerca de 350 mil clientes estão sem energia elétrica na área de concessão da Companhia Estadual de Geração de Energia Elétrica (CEEE). As regiões mais afetadas são a Metropolitana (com 270 mil clientes sem energia) e Litoral Norte (com 74 mil).

Na área de cobertura da RGE, são 68 mil clientes, principalmente nas regiões Metropolitana e Vale do Sinos, em cidades como Gravataí, São Leopoldo, Dois Irmãos, Esteio, Canoas, Novo Hamburgo e Cachoeirinha.

O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), orientou os moradores da cidade a não saírem de casa.

Em Lindolfo Collor, cidade com cerca de 6 mil habitantes a 55 km de Porto Alegre, as aulas estão suspensas. O município está com casas e estabelecimentos comerciais submersos. A Defesa Civil do município realiza resgate de pessoas de barco. O único acesso desobstruído na cidade é por Ivoti. A sede da prefeitura está com o primeiro andar totalmente alagado, e o centro de cultura também registra acúmulo de água.

Em Ivoti, prefeito Martin Kalkmann, decretou situação de emergência por causa das fortes chuvas. O decreto foi publicado na manhã desta sexta autorizando a mobilização de todos os órgãos municipais para atuarem sob a coordenação da Coordenadoria de Defesa Civil, nas ações de resposta à enchente com o objetivo de facilitar a assistência à população afetada.

Em Santa Catarina, o ciclone extratropical deixou desabrigados, isolou comunidades e causou deslizamentos e outros estragos. Praia Grande amanheceu nesta sexta-feira (16) com moradores desalojados e bairros destruídos. Uma imagem divulgada pela prefeitura nesta manhã mostrou que o sofá de uma residência foi encontrado no meio de uma rua no centro da cidade.

Morte e desaparecimentos

De acordo com o governo do estado, a morte e um dos desaparecimentos aconteceram em São Leopoldo, na Região Metropolitana de Porto Alegre.

A pessoa que morreu em São Leopoldo sofreu uma descarga elétrica e tinha 23 anos, informou o governador Eduardo Leite.

Já o homem que desapareceu na cidade estava em um carro que foi arrastado pela correnteza de um riacho durante a madrugada. A Brigada Militar (BM) divulgou que o desaparecimento aconteceu na esquina das ruas Felipe Uebel e Brusque, no bairro Rio Branco, local em que uma ponte foi levada pela água. O homem estava junto do irmão, que foi resgatado. O Corpo de Bombeiros trabalha nas nas pelo homem na região do acidente.

Inicialmente, o governo do RS havia informado que um morador de Portão estava desaparecido, mas a prefeitura afirmou que ele está no centro de eventos da cidade, com os demais desabrigados.

A prefeitura de Caraá informou que três pessoas estão desaparecidas na cidade, mas não deu mais informações.

Aulas canceladas

Prefeituras de 21 cidades cancelaram as aulas em escolas, por questão de segurança, nesta sexta-feira (16) devido aos problemas causados pelo ciclone extratropical que atingiu o Rio Grande do Sul.

Hospital alagado

O Hospital Santa Luzia, em Capão da Canoa, no Litoral Norte do RS, restringiu totalmente os atendimentos desde a noite de quinta-feira (15), após ficar completamente inudado por conta da forte chuva que atingiu a cidade. Imagens mostram a água entrando pelas janelas e alagando corredores da unidade (veja acima).

A direção da instituição divulgou um comunicado em que orienta pacientes a procurarem outras unidades de saúde.

Fonte: G1




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