Manifestantes fazem mais um dia de mobilizações em protesto contra o resultado das eleições presidenciais, uma semana após o segundo turno que deu vitória ao petista Luiz Inácio Lula da Silva.
Houve concentrações em diversos pontos de país, e muitos seguem acampados diante de quartéis e outros equipamentos militares. O pedido é de nova auditoria, principalmente em lugares em que os boletins das urnas eletrônicas divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indicam zero voto para o presidente Jair Bolsonaro (PL).
No Comando Militar do Sudeste, na região do Parque Ibirapuera, em São Paulo, homens e mulheres de todas as idades se reuniram neste domingo (6) com bandeiras do país e roupas nas cores verde e amarela pedindo auxílio para as Forças Armadas. Eles não citam o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) durante as manifestações, mas seguram placas e faixas com dizeres como "SOS Forças Armadas" e "Salvem o Brasil".
No Rio de Janeiro, o principal ponto de protesto é na capital, em frente ao Palácio Duque de Caxias, no Quartel-general do Comando Militar do Leste (CML). Ali, manifestantes entoaram nesta tarde o grito "Forças armadas, salvem o Brasil", fizeram orações pedindo pelo futuro do país e algumas crianças entregaram flores a representantes do exército. Os participantes seguem no local.
Em Curitiba, protesto em frente ao quartel, no bairro do Bacacheri. Cidades como Recife (PE), Salvador (BA), Belo Horizonte (MG), Poços de Caldas (MG), Porto Alegre (RS), Caxias do Sul (RS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Brasília (DF), Campinas (SP) e Goiânia (GO) também aderiram às manifestações neste domingo (6) com as mesmas solicitações, apresentação do Hino Nacional e realização de cultos ecumênicos em diversos momentos do dia. Também foi registrada meia hora de silêncio nessas localidades como forma de protesto.
Além dessas regiões, há grande movimentação no Mato Grosso, com registros de protestos pacíficos em Cuiabá, Sinop, Alta Floresta, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum e outras cidades do estado. Lá, tribos indígenas do interior do estado também têm aderido às aglomerações, além de centenas de caminhoneiros, que fazem filas nas rodovias e se aglomeram em frente à 13ª Brigada de Infantaria Motorizada, na capital.