O atual presidente Jair Bolsonaro (PL) se pronunciou, nesta quarta-feira (1), sobre o resultado do segundo turno das eleições 2022 . O mandatário foi derrotado pelo petista Luiz Inácio Lula da Silva no último domingo (30) e passou mais de 44 horas sem realizar uma declaração sobre o pleito.
Antes de iniciar o discurso de duração de 2 minutos, Bolsonaro brincou: "Eles vão sentir falta da gente, né?", direcionando a fala para o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.
O mandatário começou agradecendo os mais de 58 milhões de votos que teve no segundo turno.
"Quero começar agradecendo os 58 milhões de brasileiros que votaram em mim no último dia 30 de outubro", disse o presidente.
Em seguida, o chefe do Executivo comentou sobre as manifestações que bloqueiam as estradas em vários estados do país.
"Os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedades, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir".
Bolsonaro também disse que sempre jogou "dentro das quatro linhas da Constituição".
"Sempre fui rotulado como antidemocrático e, ao contrário dos meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição. Nunca falei em controlar ou censurar a mídia e as redes sociais. Enquanto presidente da República e cidadão, continuarei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição", continuou.
O pronunciamento ocorreu no Palácio da Alvorada, em Brasília, e conta com a presença do ministro da Justiça, Anderson Torres; o ministro da Ciência e Tecnologia, Paulo Alvim; o ministro da Educação, Victor Godoy; o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite; o ministro do Desenvolvimento Regional, Daniel Ferreira; o ministro da Cidadania, Ronaldo Bento; a ministra da Mulher, Família e dos Direitos Humanos, Cristiane Brito; o ministro do Trabalho, José Carlos Oliveira; o ministro das Relações Exteriores, Carlos França; o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira; o ministro da Agricultura, Marcos Montes; o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga; o ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio; o ministro da Economia, Paulo Guedes e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira.
Além dos ministros, os filhos do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PL-SP), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) e o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) também acompanharam o pai durante o discurso.
Fonte: IG