O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prometeu muitas melhorias na economia, mas deve enfrentar um cenário adverso, dizem especialistas ouvidos pelo UOL.
As perspectivas para o próximo ano apontam para inflação global em alta e pouco espaço no Orçamento para o Poder Executivo investir em políticas públicas que estimulem a criação de empregos e o aumento da renda das famílias, afirmam.
O problema, dizem os economistas, é o quanto essas promessas vão custar e os desafios que vão gerar em termos orçamentários.
Segundo Maílson da Nóbrega, economista e ministro da Fazenda durante o governo de José Sarney (1985-1990), não há espaço no Orçamento, e insistir nos compromissos pode agravar o "já delicado" quadro fiscal do Brasil.
Marcelo Paixão, professor associado de Desigualdades Sociais e Raciais e Afroempreendedorismo da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, diz que o Brasil não vai ficar de fora do impacto da inflação internacional, com efeitos da guerra na Ucrânia e dos preços globais de combustíveis.
Renan Pieri, professor de economia da FGV-SP (Fundação Getúlio Vargas), destaca que o programa de governo de Lula, assim como o de Bolsonaro, não detalhava seus planos econômicos "para a gente diferenciar os impactos da eleição de cada um".
Fonte: Uol