O preço da cesta básica na RMVale caiu 2,63% no intervalo de 12 meses, segundo pesquisa do Nupes (Núcleo de Pesquisas Econômico-Sociais), da Unitau (Universidade de Taubaté).
O valor de R$ 2,729,95 identificado em fevereiro de 2024 é R$ 73,64 mais baixo do que o preço de fevereiro do ano passado, de R$ 2.803,59.
A cesta tem 44 produtos, sendo 32 de alimentação, sete de limpeza e cinco de higiene pessoal.
Neste ano, o preço a cesta subiu nos dois primeiros meses, mas com percentual abaixo de 1% e próximo da estabilidade.
O valor de fevereiro é 0,08% maior do que o de janeiro (R$ 2.727,84), que por sua vez subiu 0,35% frente ao valor de dezembro de 2023 (R$ 2.718,29).
O último mês do ano passado teve a maior retração do preço da cesta para 12 meses em 27 anos, segundo o Nupes, com queda de 2,41%.
Até então, o ano com a maior retração havia sido 2005, com -1,68% no valor da cesta em 12 meses. Em 2017 o valor caiu 0,77%. Esses foram os únicos três anos em 27 com preço menor da cesta comparado ao período anterior. Em 2022, por exemplo, o preço subiu 21,18% ante 2021.
CIDADES.
Considerando os últimos 12 meses, São José dos Campos teve queda de 1,40%, com a cesta custando R$ 2.673 em fevereiro de 2024 e tornando-se a mais barata da pesquisa.
Taubaté registrou queda superior, de 2,43%, e o preço da cesta caiu para R$ 2.702,34. Em Campos do Jordão, a cesta custa R$ 2.810 (mais cara) e em Caçapava, R$ 2,733.
“A diferença no preço da cesta mais cara com a mais barata, entre Campos do Jordão e São José, foi de R$ 137,87, o que representa uma diferença percentual de 5,16%”, informou o Nupes.
PRODUTOS.
Em fevereiro, os produtos que ficaram mais baratos na cesta básica foram abobrinha (-18,59%), mamão formosa (-17%) e bisteca suína (-3,60%). Os itens que mais subiram foram cenoura (17,97%), laranja pera (10,43%) e feijão carioca (9,58%).
“O excesso de chuva nas regiões produtoras e o fim da safra são as razões da alta no preço da cenoura”, explicou o Nupes.
Já a redução no preço da bisteca suína, segundo os pesquisadores, se deu por “excesso de oferta no mercado interno”. A manutenção do baixo preço do milho também contribuiu para a redução nos custos de produção.