A venda de imóveis usados no Vale do Paraíba teve alta de 29,89% no mês de maio, em relação a abril. O mês anterior havia apresentado uma queda aproximada de 20% em relação a março, mas a redução foi pontual. Entre janeiro e junho deste ano, as vendas subiram 67% na região.
Os dados foram levantados pelo CreciSP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo). A entidade consultou 38 imobiliárias nas cidades de Aparecida, Caçapava, Cachoeira Paulista, Campos do Jordão, Caraguatatuba, Cruzeiro, Jacareí, Pindamonhangaba, São José dos Campos, São Sebastião, Taubaté, Tremembé e Ubatuba.
Segundo o conselho, o crescimento no número de empregos com carteira assinada nos últimos três anos e a migração de pessoas de grandes cidades para o interior, principalmente após a pandemia, têm contribuído para manter a frequência dos negócios imolibiários em alta no Vale.
“Mesmo com a taxa de juro para financiamento alta como está, a região do Vale do Paraíba teve um bom desempenho. E os imóveis que foram comercializados no período são de valor expressivo. Cerca de 60,7% dos imóveis vendidos são de até R$ 400 mil, uma média alta para o estado de São Paulo”, comentou José Augusto Viana Neto, presidente do CreciSP.
A pesquisa aponta que 55,9% dos imóveis vendidos no Vale em maio eram 44,1% casas. A maioria das casas vendidas tinha valores de até R$ 400 mil, com 3 dormitórios e área útil variando de 51 a 200 m². Entre os apartamentos negociados, a faixa de preço ficou em até R$ 300 mil, com 2 dormitórios e área útil de até 100 m².
Quase 30% das propriedades comercializadas em maio estavam situadas na área nobre, mesmo percentual na periferia, mas foi nas regiões centrais que a maioria das vendas se concentrou no mês de maio, com 40,2%.
“Nas pesquisas anteriores nós tínhamos as regiões periféricas com maior número. Agora predominou as regiões centrais. Eu acredito que é por conta do preço, porque nas regiões centrais temos uma oferta de preço mais baixa e uma infraestrutura boa”, afirmou Viana.
O financiamento por bancos foi a modalidade escolhida em 47,6% das vendas. Outros 26,2% dos negócios foram fechados à vista, 21,4% parcelados diretamente pelos proprietários e 4,8% por consórcio.
A expectativa do Conselho é que, com as mudanças recentes anunciadas pela Caixa Econômica, as vendas se mantenham em alta, com preços mais elevados. O banco federal ampliou o limite de financiamento do programa Minha Casa Minha Vida para R$350 mil na faixa de renda de até R$ 8 mil.
“Não acredito que terá acomodação de preços, não. Com o Minha Casa Minha Vida que também abre também para os imóveis usados a uma taxa mais baixa, acho que vamos ter uma evolução nas vendas”, disse Viana.
QUEDA ALUGUEL.
Já nos contratos de aluguel houve queda de 52,52% no Vale. Assim como nas vendas, a maioria dos imóveis locados na região foram casas (62,5%), seguido dos apartamentos (37,5%).
A faixa de preço de locação de preferência dos inquilinos de casas no Vale do Paraíba foi até R$ 1.250,00, em imóveis de 2 dormitórios com 51 a 100 m² de área útil. Para os apartamentos do mesmo perfil, o valor ficou um pouco mais elevado, em R$ 1.500,00.
A região central foi escolhida por 36,2% dos inquilinos das cidades pesquisadas; as áreas nobres foram a opção de 27,7%, mesmo percentual daqueles que alugaram na periferia.
Em maio, 57,1% das pessoas que encerraram os contratos de locação se mudaram para imóveis com aluguel mais barato; 7,1% para imóveis com aluguel mais caro e 35,7% não informaram o motivo da mudança.