As vendas relativas à Páscoa na Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte devem crescer 7% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com as projeções do Sincovat (Sindicato do Comércio Varejista de Taubaté e Região).
A data é uma das mais importantes do ano para os supermercados e lojas especializadas em chocolates. Para o presidente do Sincovat e vice-presidente da FecomercioSP, Dan Guinsburg, o otimismo para o aumento das vendas está baseado, principalmente, na geração de empregos com carteira assinada, o que eleva o contingente de pessoas em condições de consumir. "Fechamos 2022 com um crescimento de 9,7% nas vendas, recorde histórico da série iniciada em 2008. Tivemos um ótimo desempenho no Natal e, agora na Páscoa, não deve ser diferente", explica Dan.
Páscoa mais cara - O crescimento das vendas só não deve ser maior em razão da alta dos preços dos produtos.. Recentemente, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)referentes ao mês de fevereiro. Com base nas informações da pesquisa referentes à Região Metropolitana de São Paulo, mas que podem ser replicados para a região do Vale do Paraíba, o Sincovat fez um levantamento para saber quais dos itens que fazem parte da ceia de Páscoa ficaram mais baratos ou mais caros em relação ao ano passado.
A primeira má notícia é que o preço dos chocolates em barra e bombons subiram 11,17% nos últimos 12 meses, acima da inflação média geral (6,53%), o que deve refletir no preço dos ovos de Páscoa.
Já os preços do grupo pescados subiram 5,11%. No entanto, há opções com preços semelhantes ao ano passado como a tilápia (+0,75%) e o cação (+2,4%). A pescada e a merluza subiram 4,38% e 5,75%, respectivamente. O salmão, por ser importado e sofrer com os impactos da variação cambial avançou 14,82%.
Além disso, arroz, batata, cebola, e pimentão, que costumam servir de acompanhamento, também subiram de preço em ritmo superior à inflação geral. O preço da cebola subiu 34,28% no acumulado dos últimos 12 meses até fevereiro. O arroz, a batata e o pimentão tiveram seus preços elevados em 13,31%, 17,00% e 19,27% respectivamente. Em contrapartida, o tomate sofreu uma queda no preço de 3,03%. Itens como azeite de oliva e azeitona subiram 2,02% e 7,57%, respectivamente.
Por fim, as bebidas também ficaram mais caras, com destaque para o suco de frutas (+16,08%) e para o refrigerante e água mineral (+15,72%). A cerveja subiu 7,65% e o vinho variou apenas 1,3%.
"Além da venda de chocolate, no período de Páscoa muitas famílias seguem a tradição cristã, consumindo mais peixes e costumam se reunir. Isso movimenta o setor de alimentação, principalmente os mercados e supermercados", comenta o presidente do Sincovat.
Fonte: Sincovat