O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, opera em queda nesta sexta-feira (28), no último dia de negócios antes do segundo turno das eleições.
Às 13h27, o Ibovespa recuava 0,39%, a 114.189 pontos.
O que está mexendo com os mercados?
No cenário local, indicadores econômicos do FGV Ibre mostram novo recuo do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), no terceiro mês seguido de taxa negativa. Já a confiança do comércio e dos serviços caíram em outubro, indicando desaceleração dos setores.
Agentes financeiros seguem atentos à reta final da corrida eleitoral, em meio ao temor de eventual contestação da credibilidade do processo e extensão da incerteza para além do segundo turno de domingo.
Flavio Pretti, planejador financeiro pela Planejar, disse à Reuters que o maior receio dos mercados no momento em relação ao pleito é de haver "instabilidade do processo democrático".
Observadores do processo eleitoral enxergaram a movimentação da campanha de Jair Bolsonaro como uma tentativa de descredibilizar o pleito e preparar o terreno para eventual contestação do resultado de 30 de outubro caso saia perdedor.
Já o Goldman Sachs disse em relatório que o mercado financeiro doméstico deve "reagir positivamente a sinais de paz social, estabilidade política e reformas que alavanquem o investimento e o crescimento" no período após as eleições.
No exterior, os gastos dos consumidores dos Estados Unidos aumentaram mais do que o esperado em setembro, enquanto as pressões inflacionárias subjacentes continuaram a aumentar, mantendo o Federal Reserve (BC dos EUA) no caminho certo para aumentar a taxa de juros em 0,75 ponto percentual pela quarta vez este ano, destaca a Reuters.
Os gastos dos consumidores, que representam mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, aumentaram 0,6% no mês passado, segundo informou o Departamento de Comércio nesta sexta-feira.
O Fed acompanha os índices de preços PCE para sua meta de inflação de 2%. Outras medidas de inflação estão muito mais altas. O índice de preços ao consumidor aumentou 8,2% em setembro na comparação anual.
O Fed aumentou sua taxa de juros de quase zero em março para a faixa atual de 3,00% a 3,25%, o ritmo mais rápido de aperto monetário em uma geração ou mais.
O PCE é o indicador favorito do Fed para acompanhar a inflação americana - se houvesse uma desaceleração em curso, o mercado poderia aumentar suas apostas em redução do ritmo de alta nos juros do país