A PGJ (Procuradoria Geral de Justiça) ajuizou uma ação em que pede que sejam considerados inconstitucionais 135 dos 175 cargos comissionados existentes na Prefeitura de Taubaté.
Na ação, a PGJ argumenta que esses 135 cargos, que foram criados no ano passado, têm os "mesmos vícios de inconstitucionalidade" de 176 cargos comissionados que foram considerados inconstitucionais pelo Tribunal de Justiça em junho de 2023, também após denúncia da Procuradoria Geral de Justiça, já que preveem "atribuições genéricas, técnicas e burocráticas" e, portanto, deveriam ser cargos efetivos, preenchidos por meio de concurso público.
Assim como já ocorreu com o processo anterior no ano passado, a nova ação também será analisada pelo Órgão Especial do TJ, que é composto por 25 desembargadores. Ainda não há data marcada para o julgamento. Questionada na tarde dessa terça-feira (20), a Prefeitura afirmou que "ainda não foi intimada da ação", mas que "defenderá a legalidade dos cargos".
Comissionados.
Em junho do ano passado, após ação da PGJ, o TJ considerou inconstitucionais 176 cargos comissionados e 425 funções de confiança da Prefeitura. O prazo para regularização terminou no dia 26 de outubro, quando os ocupantes dos cargos e das funções foram exonerados.
Em dezembro, a Câmara aprovou projeto do prefeito José Saud (PP) para recriar 145 dos cargos comissionados e 114 das funções de confiança. Na época, dois órgãos técnicos da Câmara - a Procuradoria Legislativa e a Consultoria Legislativa - já apontaram que os novos cargos tinham a mesma inconstitucionalidade dos anteriores. Mesmo assim, o texto foi aprovado com 11 votos a favor e sete contrários.
Na ocasião, votaram a favor do projeto os vereadores Coletor Tigrão (Cidadania), Boanerge dos Santos (União), Douglas Carbonne (Solidariedade), Jessé Silva (Podemos), Dentinho (PP), Marcelo Macedo (MDB), Neneca (PDT), Nunes Coelho (Republicanos), Paulo Miranda (MDB), Richardson da Padaria (União) e Bobi (PRD). Os votos contrários foram dos vereadores Diego Fonseca (PL), Elisa Representa Taubaté (Novo), Moises Pirulito (PL), Edson Oliveira (PSD), Serginho (PDT), Talita Cadeirante (PSB) e Vivi da Rádio (Republicanos). O presidente da Câmara, Alberto Barreto (PRD), votaria apenas em caso de empate.
Fonte: O Vale