A Prefeitura de Pindamonhangaba, por meio da Secretaria de Mulher, Família e Direitos Humanos, e o Conselho Municipal de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra realizaram, no sábado, dia 2 de setembro, na UniFasc, o I Fórum Municipal de Promoção da Igualdade Racial – Por uma Cidade Antirracista. A iniciativa visa elaborar o Plano Municipal de Promoção da Igualdade Racial.
Para participar, o munícipe se inscreveu previamente, por meio do site da Prefeitura. Na ocasião, foram discutidos os seguintes eixos temáticos: I – Educação; II – Saúde da População Negra; III – Cultura e Patrimônio Africano e Afro-brasileiro; IV – Inclusão Social e Cidadania; V – Enfrentamento à Violência Étnico-racial; VI – Enfrentamento ao Racismo e ao Sexismo; VII – Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda; VIII – Controle e Monitoramento Social; IX – Comunicação; e X – Juventude.
A discussão foi realizada durante toda manhã e, ao final, os participantes dos eixos se reuniram no auditório para uma assembleia geral e ata do Fórum, unindo todas as propostas discutidas.
A assembleia contou com a participação do prefeito Dr. Isael Domingues; do secretário de Mulher, Família e Direitos Humanos, João Carlos Salgado; presidente do Conselho de Participação da Comunidade Negra, Wagner Eduardo, Presidente da Comissão da Igualdade Racial, doutora Évylin Xisto e doutor Luís Mauro representante da Comissão da Memória, Verdade e Justiça da Escravidão de Pindamonhangaba que fizeram fala aos presentes.
De acordo com o prefeito Dr. Isael Domingues, a realização do fórum e do posterior Plano é de grande importância para “a inserção de todos os cidadãos, garantindo os mesmos direitos. Ele falou sobre a necessidade de uma visão humana na sociedade, de somar e dialogar, proporcionando a participação de todos que quiserem participar, mostrando que é possível uma sociedade avançar sem machucar a ferida do irmão”, declarou.
O secretário João Carlos falou sobre o avanço que representou a criação da Secretaria de Mulher, Família e Direitos Humanos na gestão municipal, lembrou da importância das parcerias e da luta para transformar Pindamonhangaba em uma cidade verdadeiramente antirracista.
Para o presidente do Conselho, “o Fórum de Promoção da Igualdade Racial foi um marco na cidade, porque proporcionou aos munícipes, inclusive brancos se somando aos negros, discutirem temas como educação, cultura, racismo, sexismo, juventude entre outros, e contribuírem na construção de uma cidade mais igualitária, fazendo colocações e votando em melhores ações e metas que vão se transformar no Plano Municipal de Igualdade Racial de Pindamonhangaba, um instrumento fundamental para a busca de equidade racial”, disse Wagner Eduardo.
Para a doutora Évylin Xisto, "a realização de estudos e consulta pública no tocante a Promoção da Igualdade Racial, com a OAB de Pindamonhangaba presente nessa ação, é algo a ser celebrado, sabemos que há muito por alcançar, mas o primeiro grande passo foi dado com o dia de hoje". Para doutor Luís Mauro, "Pindamonhangaba vive um marco histórico na sua construção política, estabelecendo diálogos democráticos e ouvindo a sociedade civil, é um avanço nas políticas municipais que vale o reconhecimento dos esforços realizados em conjunto".
O fórum contou ainda com a presença do secretário de Cultura e Turismo, Alcemir Palma; secretário adjunto de Saúde, Luiz César Rodrigues Vieira; secretário adjunto de Mulher, Família e Direitos Humanos, Padre Afonso Lobato; vice-presidente da Câmara, José Carlos Gomes “Cal”; diretora de Direitos Humanos, Cidinha Pedroso; diretora de Mulher e Família, Luciana Simonetti; diretora da Pessoa com Deficiência, Leticia Souza; diretora de Comunicação, Maria Fernanda Munhoz; diretora de Proteção Social Básica em exercício, Cilene de Oliveira Agostinho; diretor do Departamento de Atenção ao Servidor, Fábio Ferreira.
“A construção de uma sociedade mais justa e com equidade, versa pela construção de várias mãos entre poder público e sociedade civil, a evolução deste fórum para a criação do Plano Municipal de Promoção da Igualdade Racial, torna realidade a construção de uma cidade antirracista com uma política de Estado, a bem comum de toda população”, concluiu a diretora do Departamento de Direitos Humanos, Cidinha Pedroso.