O prefeito de Taubaté, José Saud (MDB), viaja até Brasília nesta terça-feira (29) para uma reunião no Ministério da Saúde com o objetivo de renegociar a ajuda financeira do governo federal ao Hospital Municipal de Taubaté (HMUT).
O pedido da Prefeitura é de que mais R$ 1,3 milhão sejam adicionados aos repasses atuais, de R$ 1,7 milhão mensal. No total, a ajuda da União chegaria a R$ 36 milhões ao ano.
A tentativa vem logo após o governo de São Paulo oficializar nesta segunda (28) que vai adicionar R$ 1,5 milhão aos R$ 2 milhões já transferidos todo mês para o HMUT. Segundo a assessoria do prefeito, esse adicional deve começar a ser pago entre setembro e outubro.
Se o governo federal aprovar o reajuste pedido por Taubaté no valor Teto MAC, o Limite Financeiro da Média e Alta Complexidade, os repasses para custear o Hospital Municipal vão superar os R$ 70 milhões anuais.
Além disso, os repasses emergenciais com base na portaria 544 também serão abordados nesta terça. Isso significaria uma liberação de R$ 16 milhões para o HMUT, em pagamento único, mais R$ 4 milhões para a rede de saúde.
Até então, a divisão das contas era feita da seguinte forma:
Governo estadual – repassa R$ 2 milhões mensais (sem o novo adicional);
Governo federal – repassa R$ 1,7 milhão mensal;
Governo municipal – arca com o custo restante.
De acordo com a Prefeitura, desde o início da pandemia, o contrato inicial do hospital, que previa um custo de R$ 6 milhões mensais, passou a custar cerca de R$ 9,2 milhões por mês.
O município argumenta que o novo valor tem dificultado as atividades do hospital. O HMUT tem sido motivo de grande discussão na cidade, sobretudo por conta de sua situação financeira.
A dívida total do município está a acumulada e chega a cerca de R$ 21 milhões, o que pode acarretar na paralisação total dos atendimentos na unidade.