vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), estará em Taubaté neste domingo (6) para conversar com o prefeito da cidade, José Saud (MDB), e com a reitora da Unitau (Universidade de Taubaté), Nara Fortes, sobre a situação do HMUT (Hospital Municipal Universitário de Taubaté). O encontro vai ocorrer na sede da Prefeitura de Taubaté.
Com dívidas milionárias, o hospital opera de forma parcial desde 11 de julho. A unidade tem leitos de enfermarias desativados, cirurgias eletivas canceladas, ambulatórios e corpo clínico reduzidos, além da realização de exames limitada a situações de emergência.
Diante da crise, o governo Saud pediu ao Estado que voltasse a administrar o hospital ou ampliasse os repasses mensais para custear a unidade. A prefeitura também defende a ampliação de repasses federais.
Durante passagem por São José dos Campos em 26 de julho, Felício Ramuth (PSD), vice-governador de São Paulo, descartou a possibilidade de o Estado reassumir a gestão do HMUT.
“Não está previsto na Lei Orçamentária, na LOA, nem no PPA [Plano Plurianual] do estado assumir esse serviço, que foi de desejo da cidade ter dentro da sua própria administração", disse Felicio.
Saud deve tratar, com Alckmin, de um aumento nos repasses federais para o HMUT. O vice-presidente é médico formado na Faculdade de Medicina de Taubaté, atualmente vinculada à Unitau.
ENTENDA O CASO
O hospital foi administrado de 1982 a 2013 pela Unitau, que é uma autarquia municipal. Em março de 2013, com dívidas milionárias e problemas estruturais, a unidade teve a gestão transferida para o governo estadual.
Em 2019, o então prefeito de Taubaté Ortiz Junior (PSDB) retomou a gestão do hospital, que foi terceirizada à SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina).
Em março de 2019, quando o contrato com a SPDM foi firmado, o custo mensal do hospital era de R$ 6,5 milhões, sendo R$ 2 milhões do governo estadual, R$ 1,7 milhão do governo federal e R$ 2,8 milhões do município.
O custo mensal já está em R$ 9 milhões, mas não houve reajuste no aporte estadual e federal.
A Prefeitura de Taubaté pede que o governo federal amplie o repasse mensal para R$ 5 milhões e o estadual para R$ 4 milhões. Caso isso ocorresse, a soma pagaria o contrato mensalmente, e o município não teria gasto com a gestão do hospital. Atualmente, a dívida da administração com a SPDM é de pelo menor R$ 9,5 milhões.
Fonte: O Vale