Produtores de cebola nas regiões Nordeste e Sul do Brasil estão enfrentando desafios significativos devido às condições climáticas adversas neste mês de novembro. As preocupações se concentram em Irecê (BA), Vale do São Francisco (PE/BA) e Baraúna (RN) no Nordeste, e em Ituporanga (SC), Guarapuava e Irati (PR) no Sul.
O calor intenso nas praças de Irecê (BA), Vale do São Francisco (PE/BA) e Baraúna (RN) está colocando os produtores nordestinos de cebola em alerta. Colaboradores consultados pela equipe Hortifrúti/Cepea destacam o aumento de pragas e a redução do calibre dos bulbos. Esses desafios impactam diretamente na produção e na qualidade do produto final.
Enquanto isso, no Sul do país, as chuvas intensas estão causando transtornos para os produtores. Em Ituporanga (SC), as precipitações impediram qualquer manejo nas roças durante uma semana crucial (de 13 a 17/11). Quando a colheita foi possível, a comercialização enfrentou desafios, pois a qualidade das cebolas foi comprometida, e o tempo de cura aumentou devido à alta umidade.
Em Guarapuava e Irati (PR), apesar de um maior volume de cebolas colhidas e comercializadas, a qualidade está consideravelmente prejudicada, com ocorrência de podridão e bacterioses, o que afeta a aceitação no mercado.
O resultado dessas condições climáticas adversas é um impacto direto na comercialização das cebolas. A lenta aceitação no mercado e a qualidade inferior dos produtos estão preocupando os produtores, que agora enfrentam desafios para garantir a rentabilidade de suas safras. Consumidores também devem ficar atentos à qualidade ao adquirir cebolas, especialmente aquelas provenientes dessas regiões afetadas. O aumento de pragas, calibre inferior, podridão e bacterioses podem comprometer a experiência culinária e a durabilidade do produto.