De acordo com o relatório do dia 09/06 do USDA, é prevista uma alta de 0,35% na produção global da pluma da safra 23/24 ante a 22/23, projetada em 25,41 milhões de t. Esse incremento foi puxado, principalmente, pela expectativa de uma maior produção nos EUA, visto que, até o momento, as condições climáticas têm favorecido o bom desenvolvimento das lavouras do país.
Em relação ao consumo, espera-se um aumento de 7,25% em relação ao que é estimado para a safra 22/23, totalizando 25,47 milhões de t da fibra, puxado pela perspectiva de recuperação na demanda oriunda, principalmente, do Vietnã, Paquistão e Bangladesh. Por fim, mesmo com a expectativa de uma melhora no consumo mundial, o preço da pluma em NY no dia da divulgação foi pressionado, devido à ampliação dos estoques finais do ciclo, reflexo do maior estoque de passagem da safra 22/23 para a 23/24.
De acordo com o Imea, Dessa forma, o avanço mensal foi de 2,43 p.p. a um preço médio de R$ 142,03/@. Cabe ressaltar que esse preço é inferior ao registrado em abr/23, no entanto, mesmo com esse cenário de queda, alguns cotonicultores têm optado por “travar” novas vendas, uma vez que a colheita do algodão da safra 22/23 está se aproximando e o aumento da oferta no estado pode pressionar ainda mais as cotações.
No que tange à safra 23/24, o avanço mensal foi ainda maior, de 4,80 p.p. em mai/23 ante a abr/23, alcançando 18,91% da produção estimada para o ciclo. Esse panorama é justificado pela falta de fundamentos, a curto prazo, que indiquem alta no preço da fibra, o que tem estimulado novos negócios, com isso o preço médio comercializado no mês ficou em R$ 136,75/@. Por fim, cabe ressaltar que as negociações seguem atrasadas em relação às últimas safras, que somada a queda no preço da fibra, é um ponto de atenção para os produtores que precisam travar o seu custo para a safra 23/24.
Fonte: Agrolink