Os preços ao produtor no Brasil caíram 0,3% em fevereiro devido à deflação no segmento de outros produtos químicos que também ocorreu, de acordo com o que informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira. O resultado, a terceira menor taxa para fevereiro desde o início da série histórica em 2014, levou o índice acumulado em 12 meses a alta de 1,38%. No mês anterior, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) havia aumentado 0,29%.

Nesse contexto, o IBGE apontou que três setores com peso mais significativo no índice tiveram quedas de preços neste mês de fevereiro. Isso porque a maior influência negativa foi exercida por outros produtos químicos, seguidos por refino de petróleo e biocombustíveis e alimentos. “A indústria química tem o maior impacto negativo em grande parte devido à queda dos preços dos produtos utilizados na agropecuária: adubos e fertilizantes e fungicidas”, explica o Gerente do Índice, Alexandre Brandão, em uma avaliação sobre o tema.

Ainda segundo o executivo, é possível afirmar que esse movimento se deve à redução da demanda e à estabilização dos preços após os aumentos provocados pela guerra entre Rússia e Ucrânia, que ainda não acabou. Entre os alimentos, destacou-se a queda nos preços da margarina e do óleo de soja, devido à redução dos preços internacionais da soja, que afeta inclusive o Brasil. Além disso, o IPP mede a variação dos preços dos produtos na “porta da fábrica”, excluindo impostos e frete, para 24 indústrias extrativas e transformacionais. 

As informações foram divulgadas pela agência de notícias Reuters.