A demanda interna de milho continua aquecida. Porém o volume de oferta ainda é grande. Isso vem pressionando as cotações do mercado físico.
Na semana passada o grão teve uma leve desvalorização.Já Chicago fechou a semana valendo US$ 6,67/bushel (+1,52%). E o dólar com alta de 0,77%, a R$ 5,37.
De acordo com a maior plataforma de grãos da América Latina, a Grão Direto, esse cenário torna a exportação mais atrativa. O principal motivador da alta foi o ataque de míssil russo à fronteira entre Ucrânia e Polônia, atingindo dois poloneses.
Dessa forma, a renovação do acordo de exportação de grãos entre Rússia e Ucrânia que, em tese, aumentaria a oferta do produto no mundo, não foi suficiente para mudar esse cenário.
Plantio em evolução
Por aqui o plantio segue evoluindo. MG, por exemplo, avançou 52%. As regiões Noroeste e Alto Paranaíba recuperaram o atraso devido à baixa umidade do solo na semana anterior e em GO a semeadura já atingiu 61%.
De acordo com o boletim publicado no dia 16 pela Conab, o plantio do cereal já tinha alcançado 53,9% nas lavouras brasileiras. Era considerado lento, devido à priorização no cultivo da soja.
O clima na América do Sul vai continuar sendo um fator muito importante diante da evolução do plantio no Brasil nesta semana.
Exportações históricas
As exportações seguem bastante aquecidas. Nos primeiros oito dias úteis de novembro, o embarque era 96% superior em volume exportado em todo mês de novembro de 2021. Naquele mês foi de 2,39 milhões de toneladas. O número é da Secex, boletim divulgado dia 16.
A média diária de embarques teve uma elevação de 127,2%. Ou seja, 286.076 toneladas em novembro de 2022 contra 125.922,2 no mesmo período de 2021. Caso se mantenha essa média diária durante todo mês, novembro tem possibilidade de superar 5,5 milhões de toneladas.
Mercado interno em compra
O mercado interno deverá continuar comprando. Assim, fará concorrência para o mercado de exportação. Este se encontra bastante atrativo nesse momento. Principalmente pela valorização do dólar.
E a continuidade do movimento de esvaziamento do estoque dos armazéns para fazer manutenções de suas estruturas e assim começar a receber a safra 2022/23 vai continuar sendo um contrapeso nas cotações.
Fonte: Grão Direto